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INFORMATIVO EDUCACIONAL: VOCÊ SABE O QUE É DEPENDÊNCIA DIGITAL?

Chamada atualmente de Nomofobia, o vício no celular faz com que a pessoa tenha dificuldades em executar tarefas básicas do dia a dia sem a utilização do aparelho.



MATÉRIA: HILDA MACHADO


 

Ao passar do tempo, vemos que o dinamismo oferecido pela internete proporcionou muita comodidade, agilidade para certas tarefas e praticidade para consumir determinadas coisas que só seriam possíveis com o deslocamento do consumidor. Nos últimos anos, se locomover se tornou muito fácil, basta, com um clique, contatar uma prestadora de serviços na área do transporte privado utilizando apenas um aplicativo; o mesmo vale para consumir uma refeição que vai desde as mais tradicionais, até as mais variadas comidas típicas de outros países que chegam em um espaço muito curto de tempo em sua residência. Renovar o vestuário, mudar a decoração da casa nunca foi tão fácil; comprar, pagar, vender e divulgar sua vida na internete se tornou algo muito natural. Você não precisa sair de casa, nem ter contato com outra pessoa.


Com os avanços tecnológicos, as relações interpessoais começaram a ganhar mais amplitude e proporção ao passo que a humanidade vai avançando. A facilidade em comunicar-se com alguém localizada em qualquer parte do planeta, e em tempo real, sempre gerou muito entusiasmo e expectativa na modernidade.


O termo “Dependência Digital” tem crescido, mas não se dirige aquelas pessoas que consomem a internete, mas as que entram em estado de descontrole que as levam a sentir, até mesmo, sintomas relacionados a abstinência ao se encontrarem sem o seu aparelho Smartphone ou Tablet. O termo que ganhou espaço através de uma pesquisa feita pelo Reino Unido, que constatou que cerca de 53% da população do país ficava nervosa quando perdia o celular ou ficava sem bateria, já ganhou a classificação de patologia psiquiátrica em alguns países.


Chamada atualmente de Nomofobia, o vício no celular faz com que a pessoa verifique a sua caixa de e-mails constantemente, não saia das redes sociais, tenha contato limitado com o mundo, tornando-se incapacitada para executar tarefas básicas do dia a dia sem a utilização do aparelho.


Embora cheia de benefícios e vantagens, a Internete, como tudo na vida, também trouxe alguns prejuízos. À medida que as relações construídas a longa distância começaram a crescer, ironicamente, as relações com pessoas próximas a nós foram diminuindo gradativamente. Os celulares, usados para fazer chamadas, hoje são pouco usados para essa função. Começamos a nos tornar introvertidos, impacientes, ansiosos, imediatistas e egocêntricos. Os números de pessoas que sofrem com transtornos como depressão e ansiedade cresceram significativamente.


De acordo com os dados liberados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem com a depressão ao redor do mundo. Somente no Brasil, o transtorno atinge 5,8% da população. Recentemente o país ganhou destaque em uma pesquisa da ComScore (empresa americana de análise da internete) ao assumir a liderança no ranking latino do uso de veículos de mensagens; de acordo com a pesquisa, 88% da população brasileira acessa as redes sociais. Ainda de acordo com a OMS, a ansiedade também vem ganhando proporções maiores afetando cerca 9,3% dos brasileiros.


É necessário que haja um equilíbrio na utilização das ferramentas que privilegiam a nossa vida; de forma que possamos filtrar o que é consumido, desintoxicar-se e evitar comparações através das redes. É preciso entender que embora as relações a longa distância e as conexões virtuais sejam proveitosas, o contato ‘olho no olho’ ainda é fundamental. Desconectar-se com o mundo digital e conectar-se com o mundo exterior passou a ser algo urgente.


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